“Eu tive um sonho. Um sonho bonito e tão nítido que há muito tempo não me deixava diferente. Foi como se tivesse sido um dejavú e não um sonho porque mesmo eu encarando a realidade com tanta natureza, eu jamais imaginei que pudesse ficar dessa forma. Você era fofo e usava óculos. Era tímido e ficava corado toda vez que eu parava pra olhar suas feições de gratidão por estar comigo. Sua riqueza ultrapassava qualquer expectativa de uma garota do interior e que eu, naquela noite, tinha descoberto seu maior segredo.
Você me buscou exatamente na mesma hora marcada, me levou pra jantar e não percebeu que já tinha se passado três horas que estávamos ali, despreocupados e bem acompanhados. Saímos mais duas vezes e então você me perguntou se poderia me beijar. Foi tudo tão certo, tão previsível. Eu já sabia que isso iria acontecer, nós sabíamos. Mas você se preocupou com nosso momento, e com o que eu queria. Eu queria. Você esperava mais do que eu naquela noite porque parecia que tudo iria ser descoberto. Era bom, era difícil, desafiador.
Eu não tinha palavras pra te responder e nervoso, você observou meus olhos se fecharem. E foi. Naquela hora tudo parou, como um conto de fadas. A gente parecia descobrir os mistérios da vida como duas crianças casando escondidas detrás da árvore do parque e eu podia garantir que, a partir daquela noite, seríamos assim por muito tempo.”
YP' 07/11 13:12h