11 de junho de 2013

O grande dia, ou nem grande assim..

Vinho.
Não,  vinho, rosas, pra alguns bombons, pra outros lingeries, amanhã que será dia dos namorados, e até pra quem não tem um. O problema pode até ser porque algumas pessoas fazem desse dia o pior do ano. Ás vezes ao som de Birdy – 1901 as pessoas se enterram no colchão, choram a noite toda e depois dormem pro dia anormal passar mais rápido. Outras saem á procura de alguém pra dividir um café, uma cerveja, uma conversa. Agora pra quem receberá presentes, terá de dar um, e a economia já estava feita á tempo. O nervosismo aumenta, a saudade e os cumprimentos próprios por saber que tem alguém pra dividir esse dia, e que talvez nunca mais será sozinho.
Tem os namorados por celulares, outros por códigos, á distância ás vezes perto e os sempre de longe, que ainda não se conhecem. Tem os que sabem todos os segredos, os que já viraram mais amigos do que namorados e os que são casados, e eternamente namorados. E esse prazer de dividir o que é seu, mesmo que não seja dito, é natural, porque você tem a grande mania de possessão, e de se auto doar pra quem você olha e diz: “É você quem eu quero todos os dias da minha vida.”
Então chega o dia de colocar a melhor roupa, o melhor perfume e sair pra jantar no melhor restaurante. Fazer declarações sem medir esforços, alguns pedirem em casamento, outros terem a surpresa de serem deixados inesperadamente. Mas acontece tudo, como em qualquer dia. E pra quem isso não acontecer, o sol nascerá brilhante do mesmo jeito,  só se for inverno, e no daí choverá, todos os dias até mudar de estação.

A questão é que ser namorado ou não está com ninguém não significa que você é você ou deixa de ser. Mas que sempre existirá alguém que você irá dizer: “Por você eu doaria toda a minha vida.” Porque antes de amar, você conhece, admira e é surpreendido todos os dias. E quem tem um namorado de verdade, tem antes de ser qualquer coisa, um amigo, um possesso, um SEU.