2 de março de 2013

Café e dinheiro

      
      "Então, acordar indisposta está estampado nas minhas características principais ultimamente. Ainda não me acostumei que tenho minhas obrigações todos os dias e que no final de semana eu me recuso a sair do quarto e sorrir pra todo mundo, porque a vida não está fácil, não mesmo. O problema é que ainda não consegui aceitar que as pessoas (pelo menos a maioria delas) não têm culpa por eu me sentir assim. Mas enfim, o propósito do momento não é reclamar das coisas que são deixadas pra trás, mas vejo que as pessoas que eu me importava antes se esqueceram da essência e do que realmente importa na vida. Gosto de coisas simples, gosto de comida caseira e das pessoas do interior porque o bom dia delas é sincero. Gosto de comprar coisas novas, porém coisas baratas, gosto de música baiana, mas de sertanejo também, gosto de tudo – mas não aceito abusos.
      Aceito explicações razoáveis, aceito ligações pra comunicar, aceito pedir opiniões, mas não quero nada pelas costas. Quero ser a primeira a dizer que sei da vida de quem diz que sou importante, quero dar notícias, quero estar satisfeita com as coisas. Eu não quero muito, só o principal. Entenderei quando me disserem que não poderão falar agora, mas que não demora ligar – então mente pra mim e eu passo o resto da semana de cara fechada, somente por isso. O nervosismo aumenta, as cosias acontecem aos seus olhos, você sabe que sim, mas acham que você não ver e se martiriza sozinha, no seu canto. Eu não tenho fim pros sentimentos de hoje, não por enquanto. Mas daí você acorda com uma infinita indisposição porque não tem nada pra fazer, afim de um café e dinheiro e joga um Jorge e Mateus no rádio pra te ajudar a sofrer na felicidade."
                       YP'